A felicidade está em ser infeliz

Não é mesmo?

Não sei quando cheguei a essa conclusão. Mas quanto mais penso, mais ela faz sentido. Acho que, se me fosse oferecida, eu recusaria a oportunidade de viver em absoluta paz e felicidade.

Isso seria triste. Pense cá comigo, em como você conhece a felicidade. Defina-a. É quando você não está triste, certo. E como saberia o que é felicidade, se não ficasse triste?

Acho que, se vivesse em eterna felicidade, eu ficaria entediado fácil. Prefiro a felicidade recorrente. Ai sim. Aprender a valorizar coisas pequenas. Todo mundo sabe que eu não sou muito ganancioso. Não quero ser rico, ou melhor, não quero ser rico apenas por isso.

Quero ser rico pra aproveitar coisas diferentes, só. Talvez umas viagens, uns shows, umas coisas legais, e caras. Mas se não puder, tudo bem. Eu me contento com o que tenho, e tá de bom tamanho. O problema de muita gente, como já se dizia, é ser eternamente insatisfeito, e ficar cego.

Se me perguntassem agora onde eu encontro a felicidade, bem, é nas coisas inotáveis, diárias. É valorizar os fins de semana, quando se trabalha. É terminar de ler uma saga de vários capítulos. Essa é uma felicidade triste, uma sensação de despedida mas que dá aquele pensamento de dever cumprido.

É estralar os dedos ao som de uma música bacana, enquanto se cozinha uma receita nova. E andar na chuva. Bah, andar na chuva é muito legal.

Sou muito grato por conhecer a tristeza, a fossa, a depressão. É ela que me faz conhecer a felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário